Cotidiano

O cotidiano é aquilo que nos é dado a cada dia (ou nos cabe em partilha), nos pressiona dia após dia, nos oprime, pois existe uma opressão do presente. Todo dia, pela manhã, , aquilo que assumimos ao despertar, é o peso da vida, a dificuldade de viver, ou viver nesta ou outra condição, com esta fadiga, com este desejo. O cotidiano é aquilo que nos prende intimamente, a partir do interior. É uma história a meio caminho de nós mesmos, quase em retirada, as vezes velada. Não se deve esquecer esse "mundo memória", segundo a expressão de Peguy. É um mundo que amamos profundamente, memória olfativa, memória dos lugares da infância, memória do corpo, dos gestos da infância, dos prazeres. Talvez não seja inútil sublinhar a importância do domínio desta história "irracional", ou desta "não-história", como diz ainda Dupront. O que interessa ao historiador do cotidiano é o invisível...

Michel de Certeau em a Invenção do Cotidiano: Artes de fazer.

23 de jul. de 2010

O curso

Fiz essa apresentação com palavras que descrevem o curso de Inclusão Digital que realizei na Escola Marcos Konder. Foi muito gratificante pois, percebi o quanto me falta aprender. Que aprender é mágico, encantador e maravilhoso. Existem muitos mistérios a desvendar nesse mundo virtual e novo. Um abraço a todos companheiros de curso, a nossa professora e a todos os meus seguidores do blog.

Paisagens

29 de jun. de 2010

Ausência

Como não falar de você Aline, para mim isso é impossível. Tudo que faço, vivo, presencio e sinto gostaria de poder compartilhar novamente com você. Sei que isso não é mais possível no nível físico, por isso mantenho vivo o amor que sinto compartilhando as coisas com você de novas formas, nos pensamentos, nas orações, na saudade que sinto e porque não no que construo. Essa é uma forma de homenagear, manter presente e viva sua lembrança e dizer que meu amor continua o mesmo, que ainda sinto a maciez da sua pele, o toque suave de suas mãos, a forma direta com que você expressava suas opiniões. Ainda ouço sua voz, agora com a voz das lembranças do coração: "sou toda da minha mãe". Filha eu sou toda sua para sempre...

Ausência

28 de jun. de 2010

Enchente, novembro de 2008

Este projeto foi realizado sob minha orientação com o Terceiro ano 02, no ano de 2009. O projeto iniciou com uma redação sobre o que esses alunos haviam vivenciado durante as cheias de 2008, lembrando que a cidade de Ilhota, onde se localiza o Morro do Baú foi o local com maior número de mortes.
Após a confecção e correção das redações, foram escolhidas frases e o aluno Maury montou o vídeo, que foi apresentado na Feira Multidisciplinar da Escola de Educação Básica Marcos Konder, no município de Ilhota.
A reação das pessoas ao assistirem ao vídeo foi intensa, nós mesmos, alunos e eu não fixávamos o olhar para não nos emocionarmos. Muitas pessoas se emocionaram profundamente e vi muitas lágrimas, ao lembrar de dias tão difíceis.
Fiquei muito orgulhosa do trabalho realizado e de alguma maneira contribuimos eu e meus alunos para a memória da cidade de Ilhota

Enchente novembro de 2008

19 de jun. de 2010

A Viagem

Hoje minha viagem não foi a convencional, de ônibus, mas sim pelas páginas da Web, e encontrei esse poema de Mário Quintana que gostei muito e complementa minha viagem:
A VERDADEIRA ARTE DE VIAJAR
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!
Mario Quintana - A verdadeira cor do invisível

10 de jun. de 2010

Um olhar penetrante

Numa dessas sextas-feiras, véspera de feriado, em que você está exausta, a condução claro, está lotada.
Até que consegui logo um lugar, ao lado de uma bela mulher de olhos penetrantes, e que vim saber mais tarde, durante nossa coversa, ser de origem árabe. Começamos logo a conversar, ela contou-me que iria seguir viagem para o Rio Grande do Sul, mas que estava atrasadíssima e temia perder a viagem. Aqueles olhos me conquistaram, a simpatia, a beleza, contei-lhe aquele dia meus dissabores no trabalho, a minha indignação diante do roubo de minha carteira e meu telefone celular, choramos juntas a morte de minha filha.Isso em uma hora de trajeto, o tempo parece ter se ampliado. Não entendo como essas coisas acontecem, de repente nos abrimos com pessoas que nunca vimos, simpatizamos, aquela pessoa por algum motivo é especial. Ela mais tarde me mandou um recado que conseguiu seguir viagem, pois claro, trocamos e_mails. Jamais perderia contato com alguém que me fez sentir muito mais leve, me fez lembrar do prazer de fazer uma nova amiga que eu sentia na minha infância e adolescência.
Me fez acreditar que a sensibilidade, a disponibilidade e a viagem podem ser reconfortantes...

9 de jun. de 2010

O atraso

O dia começou bem, digamos a viagem, hoje, na metade do caminho para o trabalho, isso lá pelas sete horas da manhã um motociclista atravessa a frente do ônibus. Graças a Deus nada de mais grave. Tivemos que esperar por mais de uma hora por outro ônibus, frio, neblina. Cheguei na escola muito atrasada, no final da segunda aula, não que eu tenha ficado muito triste. Durante a espera fria a beira do asfalto, tivemos até vendedor de cafézinho, pastel. Um dos viajantes tinha um violâo e dedilhava algumass notas. Tudo bem esperar, foi ruim, o frio não ajudou muito, somada a preocupação do atraso, da cara feia do chefe, foi possível partilhar momentos de descontraçao. É possível sem dúvida fazer a vida um pouco mais leve, cconhecer pessoas, conversar com elas, com aquelas que você vê todos os dias, mas nunca encontrou tempo para conversar...