Cotidiano

O cotidiano é aquilo que nos é dado a cada dia (ou nos cabe em partilha), nos pressiona dia após dia, nos oprime, pois existe uma opressão do presente. Todo dia, pela manhã, , aquilo que assumimos ao despertar, é o peso da vida, a dificuldade de viver, ou viver nesta ou outra condição, com esta fadiga, com este desejo. O cotidiano é aquilo que nos prende intimamente, a partir do interior. É uma história a meio caminho de nós mesmos, quase em retirada, as vezes velada. Não se deve esquecer esse "mundo memória", segundo a expressão de Peguy. É um mundo que amamos profundamente, memória olfativa, memória dos lugares da infância, memória do corpo, dos gestos da infância, dos prazeres. Talvez não seja inútil sublinhar a importância do domínio desta história "irracional", ou desta "não-história", como diz ainda Dupront. O que interessa ao historiador do cotidiano é o invisível...

Michel de Certeau em a Invenção do Cotidiano: Artes de fazer.

19 de jun. de 2010

A Viagem

Hoje minha viagem não foi a convencional, de ônibus, mas sim pelas páginas da Web, e encontrei esse poema de Mário Quintana que gostei muito e complementa minha viagem:
A VERDADEIRA ARTE DE VIAJAR
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!
Mario Quintana - A verdadeira cor do invisível

Um comentário:

  1. Não arrepare não, viu?
    Li um comentário seu no blog da Roseana e resolvi vir visitá-la, assim, sem nem ser convidada :)
    Cheguei e gostei, pois encontrei mais alguém...
    Quintana com tão poucas palavras consegue fazer a gente ver tanta coisa...
    Parabéns pela escolha.
    Abração,
    Cida.

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